segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cap.8 - Encontro com o Maldito

Os dias passam rapidamente. Em todo o vale o alvoroço é grande por causa da batalha que se aproxima.
Usando sua magia nas águas límpidas do poço, Aleska observa constantemente a movimentação no castelo de Trev’s e em seu íntimo vão surgindo idéias para um ataque. Revolta e angústia estão em seu coração. Medo. E mais forte que tudo, uma vontade avassaladora de partir logo à batalha que lhes devolverá a paz ou culminará de vez com ela.

Com a cabeça fervilhando de idéias, procura por seu pai e lhe põe a par dos planos que vão em sua mente.
Thoderyn acha arriscado mas concorda com a execução dos planos da filha. Juntos procuram por Danshuane, pois ela é a chave da trama de Aleska.
Ao encontrarem-na, a jovem bruxa conta detalhadamente o que deseja fazer ao que a vampira reage negativamente.
- Não Aleska, não quero voltar ao castelo, você não entende não é, não o conhece, aquele monstro certamente há de nos fazer algum mal, definitivamente não a levarei até lá, não me peça isso.
- Não temos escolha e irei de qualquer modo. Se não me ajudar será ainda mais difícil e perigoso.
Vencida pelos argumentos de Aleska, discutem os detalhes da viagem que estão prestes a fazer. Prontas se dirigem à gruta onde Thoderyn fará uma magia que as levará até as proximidades do castelo.
Uma vez lá Aleska se comporta como escrava de Danshuane.
A vampira e a convidada são recebidas com ar de poucos amigos, mas os séqüitos do rei nada podem fazer contra a princesa e sua escrava. Não sem ordem do todo-poderoso.
- Seu rei deseja vê-la alteza – é informada de maneira hostil por um vampiro mal encarado, que não desprendo os olhos de Aleska, aquela carne fresca, aquele sangue quente correndo nas veias...
- Não ouse tocá-la, ela é minha – ameaça a princesa severamente. Sem perder tempo adentra ao castelo a procura do irmão, seguida de perto pela amiga.
No caminho encontra Vladmir, fiel servo de sua família a muitos séculos.
- Milady, está de volta.
- Oh Vlad, que bom vê-lo – abraça-o.
- Quem é a jovem que vos acompanha alteza? – pergunta desconfiado.
- Vladmir, não temos tempo para explicações. Diga-me onde está o príncipe?
- Na torre senhorita.
- Obrigada – sai rapidamente – Venha Aleska, venha também Vladmir, precisarei de ti.
Os três sobem rapidamente as escadas em direção a torre à procura do príncipe e o encontram solitário e triste, na mesma janela em que Aleska o vira dias atrás.
Ao perceber companhia o vampiro se vira rapidamente. Um sorriso ilumina seu rosto ao ver a irmã.
- Meu irmão querido – joga-se nos braços do irmão, abraçando-o fortemente.
Aleska não desprega os olhos do jovem (como é belo, suspira em seus pensamentos). Sente seu coração bater mais rápido que nunca, então o príncipe se vira para ela olhando-a detidamente, apreciando-a. Permanece assim por alguns instantes, olhando-a nos olhos sedutoramente, invadindo-lhe a alma, como que hipnotizando-a.
- Irmão essa é Aleska uma amiga, veio nos ajudar – diz Danshuane quebrando o clima quase palpável que se estabeleceu entre os dois.
- Encantado senhorita – segura-lhe a mão beijando-a suavemente – Diga-me minha irmã, como a bela jovem poderá nos ajudar? – diz isso com certo brilho nos olhos.
Aleska se sente completamente perdida pela primeira vez em sua vida. Recuperando rapidamente o controle, como lhe é peculiar, apresenta detalhadamente ao príncipe o que pretendem fazer. Fala dos planos de batalha de seu pai e dos renegados, assim como da aliança com outros povos no reino. Fica a cargo de Danshuane e do irmão libertar os rebeldes aprisionados e avisar aos vampiros fieis ao clã dos planos contra o maldito rei.
Cada segundo é precioso pois o maléfico já sabe sobre o retorno da princesa, bem como da bela jovem que a acompanha.
O encontro é inevitável, e acontece tão logo partem ao cumprimento de suas tarefas.
- Então retornaste pequena fujona – dirige-se a Danshuane ironicamente, para logo em seguida explodir furiosamente – Nunca mais ouse fugir de mim menina, não serei piedoso se houver próxima vez – sua voz causa a sensação de fazer tremer as paredes do castelo. Os olhos do vampiro se mantêm fixos em Aleska, de tal modo que a faz sentir-se mal. Ele se aproxima dela, seu olhar queimando-lhe a pele, sente seu cheiro, contornando seu corpo em passos lentos, para em sua frente:
- E quem é este ser tão belo que me trouxeste, pequena rebelde?
Aleska mal respira diante daquela figura horrenda. Sente-se tremendamente ameaçada, pois até então jamais vira em sua vida criatura tão vil. Os pensamentos passam rápido por sua mente, chegava a duvidar que escaparia ilesa das garras daquele vampiro perverso.
- Quem é? – Rosna a criatura ante o silêncio que se fez ali.
- É minha escrava senhor, não é para vós.
- Oh então quer esta preciosade para si, sua egoistasinha – diz tão sarcástico quanto possível. Desprezando o comentário da jovem precipita-se para cima de Aleska, que embora aterrorizada, permanece imóvel. Danshuane interfere, se pondo entre Aleska e o vampiro.
- Saia da minha frente sua vampira intrometida – empurra-a violentamente.
- Não toque nela – interrompe o príncipe – Deixem-nas em paz – se adianta para junto de Aleska.
- Oh, mas o que é isso? O jovem príncipe defendendo uma reles escrava? – o tom irônico é insuportável – Gosta dela? Então pegue-a – empurra Aleska com certa violência para os braços do príncepe.- Saiam daqui ... saim todos – rosna com sua voz de trovão.

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