sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cap.7 - Paz ameaçada

Na noite seguinte ao aniversário de Aleska todos no vale são convocados por Thoderyn à uma reunião importantíssima. Todos presentes no Jardim das Convenções, o mago se coloca em posição de oratória, chamando-lhes a atenção:
- Caros amigos. Essa é uma noite muito importante para nós.
Os moradores se entreolham sem entender o motivo. Pois que se lembrem não é nenhuma data importante ou nada sabem sobre acontecimento algum. Um grande alvoroço se forma.
- Acalmem-se todos, eu já explico o que está acontecendo – um grande silêncio se faz – Por muito tempo vivemos em paz aqui no vale. Desde que viemos para cá, nós e nossos filhos e todos os que vieram depois de nós, não tiveram um só momento de discórdia. Jamais em tempo algum tivemos que lançar mão de nossos conhecimentos e poderes contra quem quer que fosse. Mas esta era está no fim. Nossa paz está ameaçada.
Outra vez um grande alvoroço se forma entre os ouvintes. Todos questionando a cerca das declarações do mago. Não acreditam ser possível que alguém os ameaçasse. Não poderia ser, não no vale.
- Silêncio, silêncio, por favor, ouçam-me todos. É do conhecimento de vocês, que desde a chegada da vampira temos buscado um meio de ajudá-la...- Todos o ouvem atentamente - O rei tirano que escraviza o povo de Danshuane é um ser maléfico que se importa apenas com poder. Faz de tudo para conquistá-lo e tem planos terríveis para obter tudo o que quer. Tendo conquistado a coroa de TrevLuzian todos na ilha correm perigo de sofrer a mesma tirania.
- Mas como conseguiriam entrar aqui sem sua permissão senhor? – alguém pergunta em dado momento.
- Nada poderei fazer meu jovem, se o Maldito conseguir alcançar a luz da criação, que é a essência da sabedoria e da magia, abrigada no centro de nossa ilha. Com esse poder nas mãos, ninguém estará a salvo e nem mesmo minha magia o impedirá de nos achar e dizimar-nos cruelmente. Ninguém se esconde à luz de TrevLuzian nobre lord, ninguém.
- Que faremos então papai? – interrompe Lylli preocupada.
- Tem algum plano senhor? – pergunta Melveew, irmão mais moço de Kron.
- Acalmem-se, devemos nos unir contra o rei. Nós do vale e outros na ilha também. Devemos partir breve e junto enfrentarmos de uma vez esse demônio maldito que ameaça ceifar nossa paz e nossas vidas.
Por toda parte se ouve murmúrios de aprovação às palavras do velho mago.
- Partiremos daqui a duas luas e todos devem estar preparados, será uma batalha muito difícil.
Embora os habitantes do vale fossem seres amigáveis, que cultivavam e cultuavam a paz e o respeito entre as raças, na iminência de serem destruídos, sentiam-se invadidos por uma fúria sem igual. Deixavam-se dominar por seus instintos, preparavam seus corações para a batalha. Noite a dentro faziam seus planos, discutiam suas ações. Mensageiros saíram por toda a ilha convocando aliados. Breve chegaria o momento do confronto infernal.

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