quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Peixe e o Escorpião

Natureza mãe carinhosa,
Que com capricho esculpiste
A formosa menina, o Peixe
Doce, cheia de encantos
Sonhadora e corajosa...
Assim, tranqüila bailava
Nas turvas águas noturnas
Que a luz pálida da lua
Escondia a cor cristalina
Contava as estrelas seus sonhos
Contava... cantava sua dor
Falava pra lua, amiga amada
Companheira nas infinitas noites
A sonhar com seu doce amor
Contempla pra além das águas
Sua morada, sua terna prisão
Queria apenas ter asas,
Voaria aos céus então,
Tão longe quanto pudesse
Tão alto quanto um falcão
Tão verdadeiro seu desejo
Que a lua lhe atendeu
Deu-lhe asas bem ligeiras
Para que enfim pudesse então
Abandonar a morada
E pousar na firmeza do chão
E voar para outras terras
De outros mares, e outros encantos
E não é que a pequenina
Com as asas douradas do sonhar
Pouco hesita, sem pensar
Abandona seu recanto
E pousa, pousa discreta
Em terras desconhecidas
tão belas e já tão queridas
Festejando o presente,
Nem percebe a aproximação
Furtiva e sorrateira
Do esperto Escorpião
- Quem és tu? Pergunta encantada
à criatura a sua frente
- O príncipe Escorpião,
e o que faz em minha morada?
Não responde, não há tempo
Pois toda entorpecida,
o veneno já corre em tuas veias
- Oh adorada criatura, que foi que tu fizeste?
- Não queria, mais agora é tarde,
dei-te a provar meu veneno.
- e de mim que será agora?
- não sei, talvez morrerás...


Escrevi a tempos, pra ser mais exata no ano de 2005
Conta uma pouco das coisas que vivi naquela epoca...

Saudades eternas
Zell

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