quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cap. 12 - O Pedido


A noite estava especialmente bela, as luas de TrevLuzian brilhavam com tal intensidade que chegava a clarear o jardim onde Aleska se encontrava. Sentada, sozinha, intrigada com o presente que lhe fôra enviado dias atrás. Uma pequena caixinha dourada, sem chaves ou aparentemente nada que permitisse abrí-la.
Nenhuma magia fôra capaz, nem mesmo seu pai conseguira. Achava isso muito estranho. Por que alguém lhe enviara um presente, numa caixinha que não pudesse abrir? Lylli, como era de esperar, ficara decepcionada por não poder ver o que tinha lá dentro. Aleska sorri ao se lembrar da expressão do rosto e dos comentários da irmã mais nova.
Num sobressalto levanta-se, pressentindo a chegada de alguém, devido a claridade pôde ver que era Nemessis, rasgando os céus com suas asas douradas, pôde ver também que ele não estava só. Trazia alguém consigo. Era possível vislumbrar um vulto conhecido na claridade da noite, parecia-se com... “oh não, não podia ser.” O coração da jovem dispara, batendo tão violentamente que podia ouví-lo no silêncio da noite. Era o rei de TrevLuziam.
Nemessis pousa, o rei desce de suas costas agradecendo-o pela carona. Em seguida dirige-se a Aleska, que mal pode acreditar que o que está acontecendo é real.
- Boa noite milady, encantado em vê-la novamente – toma-lhe a mão depositando um beijo carinhoso.
A jovem se sente irremediavelmente embriagada pelo fascínio exercido por aquele vampiro.
- Boa noite majestade – curva-se ao cumprimentar seu rei.
- Não se curve minha senhora, és dona do coração desse vampiro. Eu me curvo diante vós, escravo de tua beleza e se o aceitares minha querida, seu esposo eu gostaria de ser.
A jovem fica sem fala, não cabe em si de alegria mas...
- Oh meu senhor, eu não poderia.
A bela face do jovem rei antes iluminada, perde seu brilho ante a recusa dela. Mas insiste:
- Mas por quê? Amas outro alguém?
- Oh não.
- Estás prometida?
- Não majestade, não estou.
- Então minha senhora, por que não aceitas meu pedido? Acaso não serias capaz de me amar?
Alguns segundos se passam e enfim ela ouve sair de seus lábios:
- Eu o amo...eu o amo – repete com mais firmeza.
O rei se enche de alegria.
- Então se casará comigo?
- Sim – ela diz com o coração cheio de alegria – sim, meu rei, eu me casarei.
- Oh minha amada, venha então, apressemo-nos em falar com vossa família, desejo que nos casemos o mais breve possível, quero-a ao meu lado e juntos governaremos Trev’s e a ilha.
Aleska se dirige para casa, um sorriso discreto nos lábios enquanto conduz seu rei pela mão.
Thoderyn recebe a notícia do casamento amistosamente, Wakímera sorri para a filha como que para lhe confirmar o que havia dito a dias atrás. Lylli abraça a irmã, entusiasmadíssima.
- Oh querida irmã, que feliz eu estou por você. Quando pretendem se casar?
Aleska olha para o rei esperando que ele o responda.
- Se for da vontade de sua irmã Lyllandra, nos casaremos no próximo Lunaris.
- No próximo alinhamento? Mas é daqui uma semana – completa a jovem, toda agitada – mas tão depressa?
- Sim querida, desejo que sua irmã seja minha rainha e que o seja breve.
- Temos muito que fazer então. Venham minhas filhas, deixemos os homens a sós. Venham, vamos cuidar dos preparativos, do vestido, oh nossa, tantas coisas, venham, venham.


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